Referência no país, Hospital Sírio-Libanês tem um responsável por diversidade e ensina equipes a evitar as chamadas micro agressões
Decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que garante direito de acesso amplo e irrestrito a pessoas trans e travestis aos serviços de saúde já gera impactos nos sistemas público e privado. O Ministério da Saúde está preparando mudanças nos protocolos de atendimento para que a decisão da Corte seja cumprida. Já na rede privada as mudanças são mais lentas e devem ser implementadas primeiro por hospitais de referência.
A ação que gerou a decisão no STF foi ajuizada pelo partido do governo, o PT, que apontava entraves no Sistema Único de Saúde (SUS) que dificultavam o acesso dessa população a consultas médicas especializadas, principalmente nos casos em que a pessoa ainda não fez a cirurgia para troca de gênero.
Para atender a determinação, o Ministério da Saúde alterou no final do mês passado as restrições de gênero de 271 procedimentos médicos oferecidos pelo SUS para ampliar o acesso a exames, cirurgias e outros procedimentos por pessoas transexuais e travestis.
O ministério deve anunciar na semana que vem uma nova medida para adaptar seus protocolos de atendimento. Será permitida a autodeclaração de nome social e identidade de gênero no aplicativo Meu SUS Digital. Com isso, todas as informações editadas e autodeclaradas serão integradas ao Cadastro Nacional de Usuários do SUS (CadSUS) e espelhadas nos sistemas das unidades básicas de todo o país.