O documento aponta caminhos para superar as dificuldades e desafios e propõe 10 ações para o enfrentamento da atual crise sanitária dos povos originários
As violências históricas e contínuas contra os povos indígenas geram vulnerabilidades e desigualdades que afetam sua saúde e sobrevivência. Diante deste cenário, a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), por meio do Grupo Temático Saúde e Ambiente, lança o relatório “Território, Ambiente e Saúde dos Povos Indígenas – Vidas e Políticas Públicas em Contínuo Estado de Emergência”.
Para Alexandre Pessoa, coordenador do GT Saúde e Ambiente da Abrasco, a proteção dos povos indígenas requer a atuação, não somente do Ministério da Saúde, mas de uma forte e contínua atuação interministerial e de todas as instâncias do poder público. “O relatório comprova que a proteção dos povos indígenas é imprescindível para a preservação dos biomas e da sociobiodiversidade. A celeridade para a demarcação de terras indígenas e enfrentamento do marco temporal é estratégico e improrrogável. É diante deste contexto que elaboramos 10 propostas para enfrentarmos os desafios na saúde dos povos indígenas, que estão presentes neste relatório”, afirma.
Lideranças indígenas e especialistas foram convidados para compor o coletivo de pesquisadores na elaboração do documento, que aborda áreas consideradas fundamentais para o tema. Para a elaboração do relatório, foram realizadas três edições da Ágora Abrasco com o tema da saúde indígena. Além disso, os indígenas também contribuíram na própria elaboração do relatório enquanto autores e atores políticos. “Os grandes temas de saúde e ambiente envolvem as populações do campo, da floresta e das águas, os povos e comunidades tradicionais, e evidenciamos, neste trabalho, os povos indígenas e seus territórios. A experiência dos autores em trabalhos em diversas comunidades indígenas pelo país e os estudos à luz da determinação social da saúde permitiram destacar que na defesa da saúde indígena, não se separa os territórios, os corpos hídricos, dos corpos indígenas”, conclui o pesquisador.
Acesse o relatório na integra neste link.
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