O fascículo de julho está disponível na íntegra para acesso no site de Cadernos de Saúde Pública
O fascículo de julho de Cadernos de Saúde Pública está disponível na íntegra. O Editorial, escrito pela Editora Associada Suely Deslandes, revisita duas décadas de produção em Ciências Sociais e Humanas em Saúde no periódico, destacando temas como políticas públicas, direitos sexuais e reprodutivos, saúde LGBTQI, violências, e saúde mental. Deslandes ressalta a contribuição significativa do CSP para o campo e aponta a necessidade de ampliar a visibilidade de trabalhos sobre decolonialidade, identidades, opressões, empoderamento, capitalismo digital e justiça ambiental.
O Ensaio explora quem tem sido deixado para trás, com foco em grupos vulneráveis como a população negra e indígena, e sugere que as respostas para o desenvolvimento sustentável podem estar em práticas tradicionais e epistemologias alternativas. Destaca-se o papel das doenças crônicas não transmissíveis como pano de fundo para discutir as dimensões políticas e econômicas que influenciam seu avanço global. Sugere que práticas tradicionais e epistemologias alternativas podem ser a chave para o desenvolvimento sustentável.
Outro destaque é o estudo Análise espaço-temporal dos distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho no Brasil: um estudo ecológico, que apresenta uma visão abrangente dos distúrbios musculoesqueléticos relacionados ao trabalho (DORT) no país, revelando padrões espaciais e temporais entre 2007 e 2019. Com uma taxa média anual de 4,2 por 100.000 habitantes em idade ativa, o estudo ressalta a prevalência do problema, especialmente entre mulheres e trabalhadores com baixa escolaridade.
A pesquisa Análise do efeito da alocação de mamógrafo sobre indicadores de saúde da mulher explora como a distribuição de mamógrafos em municípios brasileiros entre 2014 e 2019 aumentou o número destes exames, sem impacto imediato em diagnósticos e óbitos. O estudo destaca a importância de políticas integradas para prevenção e qualidade de vida das mulheres.
Por fim, o artigo divulgado pela Agência Bori, parceria jornalística de CSP, utiliza dados do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil) para examinar a relação entre segregação residencial socioeconômica e problemas de sono. O estudo aponta que morar em áreas de alta segregação socioeconômica está associado a uma maior prevalência de problemas de sono, como privação de sono e sonolência diurna.
O fascículo de julho está disponível na íntegra para acesso no site de Cadernos de Saúde Pública.