O DNA da Pedagogia da Esperança
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- Publicado: Sexta, 31 Março 2017 14:31
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OPINIÃO
Por Maria Fátima de Sousa
Ariano Suassuna viveu nos ensinando que um realista-otimista, como se reivindicava, não se deveria deitar em berço esplêndido, ainda que, belo, fosse ver a banda passar. Do auto de sua compadecida, esse paraibano/pernambucano certamente pediu socorro a seu conterrâneo e irmão de sonhos, Paulo Freire, para, juntos, esclarecerem o sentido das palavras “otimista” e “realista” no contexto educacional.
Paulo, quando mencionou o termo “otimista”, não pediu auxilio à ciência do dicionário da língua portuguesa. Afinal, lá tudo já estava bem escrito e referendado pelos doutos. Falava inspirado por seus ideais emancipadores do ato de aprender ensinando e, nesse ato, da real necessidade de nos tornarmos otimistas, espécies de realistas inquietantes, teimosos, inconformados.