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O primeiro trimestre do ano encerrou com um balanço preocupante de mortes de Yanomamis. De acordo com dados preliminares do Centro de Operações de Emergências, que acabam de ser divulgados pelo Ministério da Saúde, 74 indígenas morreram por diferentes causas – entre elas agressão - de janeiro a março.

Mesmo assim, o número representa queda de 33% em relação a igual período do ano passado, quando os óbitos chegaram a 111.

Do total verificado agora, 20% das mortes tiveram como causa espancamentos. O documento também aponta infecções respiratórias agudas, desnutrição e malária.  Além disso, o balanço admite a possibilidade de ter havido subnotificação de doenças e óbitos até 2022, já que até este ano, segundo o ministério, houve uma precarização dos serviços e sistemas de saúde indígena na região.

Esse quadro só começou a ser revertido no início de 2023, com a Declaração de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional pelo Governo Federal em todo o Território. Até este momento, o Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami e Yekuana enfrentava a situação de sete polos base fechados, devido à falta de segurança das equipes, causadas pela presença de garimpos nessas áreas. Desde abril deste ano, todos os 37 polos base foram reabertos, o que ampliou a assistência médico-social dentro do território garantindo assistência, monitoramento e vigilância contínuos.

Atualmente, são cerca de 32 mil indígenas, que vivem em 392 comunidades, nos limites da Terra Yanomami.

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